Soft Skills e Escola de Competências

Não é a primeira vez que vos falamos acerca das soft skills – competências transversais, intra e interpessoais que envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais e que são desenvolvidas ao longo das nossas vidas, fruto das nossas vivências, experiências, educação, entre outros fatores

Não é a primeira vez que vos falamos acerca das soft skills – competências transversais, intra e interpessoais que envolvem aptidões mentais, emocionais e sociais e que são desenvolvidas ao longo das nossas vidas, fruto das nossas vivências, experiências, educação, entre outros fatores (ver artigo O que são Soft Skills e porque são procuradas pelas empresas?).

Hoje vamos refletir no motivo pelo qual elas são importantes para todos e, em especial, para as crianças. As soft skills não nascem connosco, necessitam de treino para a sua aprendizagem e potenciação. Estimular as soft skills na infância e na adolescência possibilita que, desde cedo, as crianças e adolescentes comecem a criar as suas próprias oportunidades, a conhecerem-se melhor e a potenciar as suas aptidões.

O impacto do treino de competências através dos jogos, das artes (música, trabalhos manuais, teatro, etc.) e do desporto está bem estudado na literatura científica. As crianças aprendem melhor em atividades lúdicas do que no ensino tradicional, pois estão a aprender divertindo‑se. Sabe-se também que existem várias atividades lúdicas que conseguem estimular aptidões verbais, numéricas, espaciais, o raciocínio lógico, a atenção e a memória, o que tem consequências positivas em diversas áreas tais como: escuta ativa, respeito pelas normas, resolução de conflitos e problemas, socialização, criatividade, colaboração, cooperação e trabalho de equipa, resistência à frustração, cálculo matemático, tomada de decisão, raciocínio lógico, memória, inteligência emocional, concentração, rapidez de raciocínio, planeamento, comunicação, empatia, autonomia, autoestima, motivação, resultados académicos, entre outros. Estas são competências importantíssimas quer para o futuro próximo quer para o futuro mais longínquo, como a entrada no mercado de trabalho, pois capacitam as crianças/adolescentes para melhor lidar com os desafios e situações que enfrentam diariamente.

Com este objetivo em vista, o CEFCG desenvolveu a Escola de Competências – uma iniciativa que pretende explorar e potenciar competências pessoais e sociais transversais a várias facetas da vida (soft skills), em crianças e pré-adolescentes. As competências treinadas vão desde motricidade fina e coordenação motora à escuta ativa, autonomia, autoestima, concentração, motivação, comunicação e regulação emocional, entre outras. Estas aptidões/capacidades são extremamente importantes nas crianças, e quando treinadas, são ferramentas importantes para um desenvolvimento saudável e dinâmico. 

O foco da Escola de Competências é a neuroeducação, ou seja, a aplicação de novas metodologias (baseadas nas neurociências, psicologia e pedagogia) para incentivar o saber-ser e saber-fazer em crianças. No mundo em que vivemos, ter muitos conhecimentos não é tão valorizado como saber utilizá-los. Assim, a ideia é que, participando em atividades estimulantes, as crianças vão aprendendo competências que lhes serão úteis para toda a vida e aplicando o que aprendem na escola. Pretende-se dar prioridade a processos maturativos, desenvolver temas do interesse das crianças, trabalhar as emoções e a regulação emocional, favorecer processos criativos e, acima de tudo, realizar atividades lúdicas que permitam o treino de competências.

As atividades a desenvolver são desafiantes, estimulantes, com regras, objetivos, interação social e um resultado final (feedback imediato), o que promove a socialização e a aprendizagem, sendo até terapêuticas, diminuindo o stress e ansiedade e potenciando a plasticidade cerebral – um cérebro estimulado aumenta o seu rendimento e o desenvolvimento de capacidades cognitivas. 

Partilhar Artigo

Subscreva
a nossa
newsletter

Top