Atualmente, vivemos num mundo em constante mudança. Temos acesso a uma quantidade de informação avassaladora e, para complicar as nossas escolhas, é-nos apresentado um leque de opções vasto e muito variado para o futuro.
Deste modo, não é de admirar que existam imensos fatores que pesem nas decisões que tomamos todos os dias na nossa vida pessoal e profissional e, se, para os adultos, estas decisões são complicadas, para os jovens ainda o são mais.
É aqui que “entra” a orientação vocacional: um processo de autoconhecimento, de exploração de vários percursos profissionais e de desenvolvimento ou reforço de capacidades importantes para qualquer situação da nossa vida, que nos ajudam a tomar decisões de forma mais pensada e consciente.
Esta definição é tão redutora como abrangente, por isso vamos “quebrá-la” em dois passos para que possamos percebê-la melhor:
- No processo de orientação vocacional são identificadas capacidades, competências e interesses que possam influenciar os processos de decisão, assim como outros aspetos da vida pessoal, adequação às exigências profissionais e ainda relação com o mundo do trabalho. O objetivo, no fundo, é ajudar a construir um projeto de vida que favoreça a identidade pessoal, as aptidões, valorize a visão e aquilo que a pessoa considera importante e gira a expectativa em relação ao futuro;
- Como é que todas estas ideias se trabalham? Normalmente, o processo de orientação vocacional é composto por três fases: entrevista inicial, avaliação, e ajuda na tomada de decisão. Estas fases compreendem várias atividades, mediante o diagnóstico e avaliação das necessidades e perfil, entre as quais:
- Apoio no processo de desenvolvimento da identidade;
- Desenvolvimento ou reforço de competências, como autonomia, relações interpessoais, relação com a autoridade, gestão de carreira, inteligência emocional, etc.;
- Informação acerca do sistema educativo e formativo no país e localmente;
- Preparar possíveis transições ao longo do percurso formativo (educativo ou profissional);
- Incentivar a procura ativa de informação e a aprendizagem/imersão em contexto real de trabalho.
A orientação vocacional assume-se, assim, como um importante processo de promoção de competências transversais para a vida que culminam numa tomada de decisão consciente e refletida.